sexta-feira, 18 de março de 2011

tem pô favô.



Sou eu o seu verbo o seu adjetivo, sou o que você modifica, tudo que no final, você transforma em cinzas, pó. Afinal eu posso, agora ou amanhã, quem sabe em breve, bem cedo,imediatamente ou jamais, dizer que você passou, ou que eu passei, que sou dona sua ou que você é dono meu, meu ou nosso? Quem sabe da geração ou quem sabe de ninguém. E desta forma confusa, conflitante, tempofavô fique, não vá ou pode ir, corre logo, bem devagar,viu?


E às vezes, na tarde,na noite ou na manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, eu possa te sentir como areia pelos dedos, em minha retina em minha epiderme.


Não seja cruel comigo, ok? Seja bonzinho.

Tem pofavô.

terça-feira, 1 de março de 2011

homme.


Custou-me tanto:
Com tempo, com pranto.
Nada me pediu.
Mas é meu, meu e só meu.

Sem heroísmo de romance,
Com a palidez de inverno.
Na sua força bruta sútil.
Eu gosto assim, eu gosto sim.

No tom e desafinado,
Na lama jogado,
Falante ou acuado,
Mas eu o amo, amo.

O meu homem sempre vou amar.
Talvez nunca saiba, talvez até duvide,
Não me importo.
Em seus braços, sou só.

E do que adianda adeus?
Levantar e arrumar bolsa, roupa e maquiagem
Eu volto, volto com o orgulho na coleira
Volto correndo, volto de joelhos e volto.

Para qualquer coisa que seja,
Homem meu, serei sempre sua mulher.