segunda-feira, 8 de março de 2010

Soul survivor.



Queridos amantes da literatura,

Repeli com desprezo durante anos a leitura de livros que mostrassem alguma referência a teologia, não exerçam a crítica sem antes saber que eu não desprezava o autor ou muito menos o valor da obra, simplesmente não saberia qual seria minha reação diante do livro,sendo eu uma pseudo-incrédula.
De alguma forma esse livro caiu em minhas mãos, estava sob a cama da minha mãe quando o peguei, que diferente de mim não abre mão da leitura religiosa, sendo ela boa ou não, de qualquer forma quando li o título pensei que deveria ser mais um desses livros sensacionalistas sem muita credibilidade...
Ao passar as páginas vi algumas fotografias, uma me deixou curiosa, curiosa ao ponto de ler a legenda da foto que dizia:


Natoma Bay, navio da segunda guerra(...)

E fotos posteriores de pilotos da segunda guerra mundial... Pronto! Poderia até haver a divulgação de notícias exageradas pelo texto literário, mas uma coisa me chamava atenção, segunda guerra mundial.
Resolvi então ler o livro, se fosse aquela mesma porcaria de sempre, seria simples, eu fecharia o livro e continuaria com a minha descrença feliz.
O livro de fato era sobre algo místico, mas não era de forma alguma uma pregação evangélica ou uma fábula da bíblia. A narrativa muito bem elaborada de Ken Gross, estava ali, apenas mostrando como uma criança poderia trazer tantas dúvidas ao mundo adulto, ao mundo formado.


Não vou tentar argumentar o porque deste livro ter me trazido alguma crença, até porque já li e vi imagens que seriam mais chocantes que a própria sutilidade de Ken Gross, mas alguma coisa no livro me trouxe uma imagem diferente da própria religião e da própria fé humana.
Após a descoberta e a certeza de que o menino James teria sim, lembrado de imagens,fatos,nomes e histórias
de uma vida passada, não encontramos entre a história da familia Leininger nenhuma forma de conversão religiosa, nenhuma publicidade , simplismente nada.
Na verdade acho que foi esse argumento que me trouxe alguma crença, somente esse.


"A mente que se abre para uma nova idéia, jamais retorna ao seu tamanho original. "
Albert Einstein.

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